sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Crise, também na Educação

Vivemos de facto num tempo de crise. 
Pena é que, na minha opinião, ela ultrapasse largamente os argumentos económicos e financeiros.
Todos os anos, sem excepção, a colocação de professores nas escolas públicas gera problemas, debates, guerras entre sindicatos, professores e ministério. Todos os anos se repete o filme. É tão certo como existir o primeiro dia de aulas. E todos os anos aparecem motivos diferentes.

Custa-me perceber como é que o Ministério da Educação não consegue colocar cerca de 70mil professores (de um total de 110 mil candidaturas) a tempo do início do ano lectivo, quando os concurso terminam por altura de Maio para a apresentação de candidaturas. 
Por outro lado, não consegue existir nenhum par de anos consecutivo em que as estruturas escolares (agrupamentos horizontais, verticais ou do estilo Mega) se mantenham inalteradas e assim se possa criar método e fazer escola na aprendizagem deste processo.

O novo paradigma que encontramos hoje subjacente a toda esta questão mediática paira nas escolas. De mansinho, vão mantendo as suas necessidades 'ocultas', não enviando à tutela o total das necessidades, fazendo com que, por um lado o número de professores desempregados permaneça elevadíssimo e desencadeie acusações contra o sistema de colocação e o Ministério; por outro, após as fases de colocação previstas pelo Ministério terminarem, contratar professores directamente, indo 'ao pote' dos não-colocados escolher aqueles com quem mais gostariam de trabalhar.

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