terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Síria. Rastilho para a 3ª GM

Numa altura em que o mundo fervilha por questões económicas e financeiras, eis que finalmente (leia-se com toda a ironia) alguém acorda para o que está a acontecer na Síria. Bem, pode não ser tanto assim! Afinal, a Síria até estava a ser interessante para as partes envolvidas - EUA e UE a armar os rebeldes, Rússia e China o exército de Assad. Vendo bem, a Síria até que já era alvo de (muita) atenção por estas gentes.

Lamentavelmente, foi preciso assistirmos a uma dos momentos mais tristes e brutalmente constrangedores deste ano para que o Mundo acordasse para o flagelo/guerra civil que se está a desenvolver naquele enclave do Médio Oriente. Dos números, fala-se em cerca de 1500 vítimas, dos quais mais de 400 crianças. A arma - gás sarin.

Perante tamanha crueldade, a Comunidade Internacional finalmente abriu os olhos e a ONU enviou inspectores para detectar e comprovar a veracidade do ataque químico.
Independentemente do resultado da missão, a verdade é que na Síria, como no resto do mundo, as coisas não voltarão a ser iguais.
Há que retaliar. Isso é certo. Há que agir e divergir deste clima e deste cenário que apenas levará a mais destruição, guerra e morte.

Os EUA e a França mostram-se o únicos interessados em atacar belicamente a Síria. A ONU reserva-se à espera da conclusão da missão. O Reino Unido disse não, no parlamento, apesar do seu primeiro-ministro estar desejoso de se juntar aos Aliados europeu e americano.
Do outro lado, a China e a Rússia. Condenam qualquer ataque. E mais não dizem. O que farão, caso sejam lançados mísseis? Abastecem Assad com mais e maiores munições? E o Irão? Como fica este país dotado de armas nucleares? O último reduto islâmico, no que toca a armamento..

Não há melhor solução que o diálogo. O encetar de negociações com ambas as partes. O cenário sempre idealizado por todos os de bem, mas que encontra inúmeros obstáculos e resistências, venham eles de que lado for.
Creio que, qualquer solução diferente desta, pode desencadear muito facilmente um rastilho de pólvora e dar início à temida 3ª Guerra Mundial. A guerra química. Ou a nuclear.

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