quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A Educação. e a falta dela.

"A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo."

Era previsível que o dia da PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES decorresse com grande alarido e agitação. O que não era de prever eram as atitudes que as câmaras não se pouparam de documentar.

Partindo do início, a ideia ou motivação desta nova prova de avaliação surge, a meu ver, na sequência das avaliações regulares a que os professores estão sujeitos nas escolas. Do que é público (e muito nem sequer chega a ser relatado nas notícias), sabe-se que os processos de avaliação pecam por ser demasiado exaustivos, desinteressantes e abrem espaço para menos rigor e algum facilitismo.

Vai daí, o actual Ministro da Educação - o mesmo que há 3 ou 4 anos atrás era visto como uma referência na crítica ao estado da educação da altura - decide criar uma nova avaliação, em vez de consertar e reparar a que já existe em curso e tanto trabalho e dores de cabeça dá aos professores, avaliados ou avaliadores.
Qualquer funcionário está e deve estar sempre a ser avaliado, na minha opinião. É pago, é remunerado e portanto deve ser digno e merecedor do mesmo. A classe dos professores não deve ser excepção.

Embora eu esteja contra mais um exame de avaliação dos professores, o que se registou ontem nas escolas públicas portuguesas foi vergonhoso. Com especial destaque em Coimbra, numa escola bem perto do meu local de trabalho, os professores mostraram que são capazes de descer aos níveis mais baixos da cidadania. (Re)unidos num movimento grevista, não se ficaram pelas posições pessoais e quiseram impedir que as posições dos seus colegas pudessem também ter expressão. Se a greve é um direito que lhes assiste, a presença no exame não o é menos. Tentarem impedir a entrada dos professores, forçar a entrada na escola, fazer barulho durante um exame são tudo atitudes que nenhum professor gostaria de sofrer quando estivesse a decorrer um exame, uma aula ou uma reunião em que fosse parte interessada

Nem todos os meios justificam os fins, e penso que não é num alinhamento por baixo e numa resposta medíocre que se irá progredir na sociedade, com vista a implementar novos e melhores métodos, naquele que é sem dúvida um dos pilares fundamentais de uma nação.



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