Em trabalho além-mar, poucos são os momentos em que me chega informação sobre Portugal.
Em todos esses, sem excepção, o tema dominante são os incêndios. Um flagelo!
É certo que estamos na fase final do Verão, que ele foi pouco chuvoso (como se queria, aliás), que foi e está a ser quente (ao contrário das previsões francesas - leia-se com ironia este parentesis) e por isso estão reunidas as condições para tudo pegar fogo. Mas todos sabemos que a percentagem de incêndios que têm por ignição uma causa natural é muito baixa. Como é também baixa, embora não tanto, aquela que surge por negligência humana - patuscadas, piqueniques, mas sobretudo beatas de cigarros ou semelhantes. Agora, o que ninguém tolera são os cerca de 30% de incêncios que se iniciam durante a noite, fora aqueles que deflagram nas horas próximas deste período.
Reconheço o trabalho que tem sido feito na prevenção, com a introdução de equipas de vigia, com reforço de meios de patrulha, até mesmo na limpeza das matas que tem sido a parte mais lenta de todos este processo preventivo.
E reconheço ainda mais todo o trabalho de uma das maiores forças civis e cívicas deste País - os BOMBEIROS! Combatem no Inverno e no Verão, sobretudo neste. Homens e mulheres que largam tudo e vão segurar o que resta de populações em pânico e desespero, seguindo ordens de uma forma 'cega', expondo-se a riscos elevadíssimos. Acumulam cansaço e sono, perdem lucidez e discernimento. Tudo em prol de um desígnio maior - vida por vida! O meu bem-hajam.
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